Conhecimento não é algo estático. Nunca foi. Mestres de diversas expressões artísticas costumam afirmar que você aprende uma habilidade nova para ser capaz de usá-la do seu jeito. Ou seja, de um novo jeito. No audiovisual, especificamente com o roteiro, não deveria ser diferente.
Nomes importantes como Syd Field, Joseph Campbell e Robert McKee – para ficar nos mais conhecidos – continuam extremamente relevantes, isso é inegável. O conhecimento e os elementos que esses nomes conseguiram estruturar e compartilhar com os criadores de histórias é algo que, até hoje, molda a maneira como isso é feito no audiovisual.
No entanto, o mundo se transforma, o interesse das pessoas muda e algo que vem funcionando bem, também precisa de atualização e novas possibilidades. Afinal de contas, as artes não são discípulas de fórmulas e nem tem seus desdobramentos escritos na pedra.
Os clássicos três atos e suas possibilidades
Por exemplo, um elemento importante e de grande destaque no aprendizado e criação de um roteiro ou história, são os três atos. Divisão que – de forma muito simplificada – no primeiro ato, apresenta o personagem e o seu universo, segue para o personagem se preparando e enfrentando os desafios da sua jornada, no segundo ato, e encerra, com a superação desse desafio, no terceiro ato.
Hoje, vemos esses momentos apresentados em quase todo tipo de conteúdo e de aula sobre storytelling, mas para que a mágica continue acontecendo é necessário levar algo muito importante em conta: o público. Não significa que esse modelo de storytelling não funciona mais, mas que ele pode e precisa ser atualizado para a demanda do público atual e suas formas de consumo.
Pra ficar em um único exemplo: as redes sociais colocaram a possibilidade de ver histórias, praticamente, em qualquer lugar. Tudo ficou mais rápido, com a atenção do espectador durando segundos, mas sempre em busca do próximo conteúdo para ser consumido. Logo, compreender o que o público quer, entregar e, a partir daí, ampliar a história, é um bom caminho para engajar essa nova necessidade.
Dados, comportamentos e a compressão de novos formatos
Hoje é importante compreender que temos acesso a dados sobre as formas, plataformas, tempo e preferência de consumo de toda a audiência. As telas são onipresentes, o conteúdo curto é visto durante deslocamentos, e tudo isso influencia na forma como a história que vamos contar será absorvida. Não levar esses e outros quesitos em consideração, é perder a possibilidade de se aproximar das pessoas e de usar novas possibilidades a favor de uma história, conteúdo de marca ou qualquer outra criação e expressão artística possível.
A arte sempre tratou da quebra do que está estabelecido e da ampliação das possibilidades. Por isso, é importante compreender elementos e estruturas clássicas, mas também saber como usá-las para ampliar a abordagem e chegar em mais pessoas.
Novas tendências na Substrato.
Essa ideia é algo que faz parte da rotina criativa de todos nós aqui na Substrato.. Nosso processo é, sempre que possível, trabalhar diversos caminhos para levar às pessoas, histórias, informações e conteúdos de uma maneira atual, sempre considerando as ferramentas disponíveis.
Atualizar conhecimento e entender como o público busca, reflete e consome conteúdo audiovisual é necessário para chegar na dianteira e alcançar ainda mais longe. E isso passa por descobrir o que o público quer ver e, principalmente, aonde quer ver – para que o conteúdo seja percebido, consumido e compartilhado -.
A partir disso, um novo mundo de possibilidades se abre à frente dos criadores. E cada cliente, criador ou parceiro nosso se encontra em um objetivo comum: explorar possibilidades que sejam relevantes, contando boas histórias em todos os meios, para o maior número de pessoas possível.
Essa reflexão gera uma pergunta na gente: o que você tem feito para atualizar os conceitos clássicos e os aprendizados que teve ao longo da vida? Conta nos comentários e vamos criar juntos.